Aumenta presença de jovens entre 18 e 24 anos no ensino superior

 São Paulo- O Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)divulgou estudo que mostra aumento da presença de jovens com faixa
etária de 18 a 24 anos no Ensino Superior. Em 2009, 48% dos estudantes de 18 a 24 anos estavam no ensino superior contra 22,1% em 1999.
 
Na mesma faixa etária, a maioria dos estudantes, 52%, ainda freqüentava nível de ensino abaixo do recomendado para a faixa etária.
 No ensino médio, a parcela dos estudantes de 18 a 24 anos diminuiu de 41% para 33,8%, no ensino fundamental passou de 24,8% para 8,3% e em
outros, como cursinhos e educação de jovens e adultos, passou de 12,1% para 8,8%.
 
O estudo mostra que 62,6% dos estudantes brancos de 18 a 24 anos cursavam o nível superior em 2009 contra 28,2% de pretos e 31,8% de
pardos. A situação melhorou em relação a 1999, quando 33,4% dos brancos nessa faixa etária fazia o ensino superior contra 7,5% dos
pretos e 8% dos pardos. [...]
A pesquisa apontou ainda que um em cada dois jovens de 15 a 17 anos estava fora do nível de ensino adequado em 2009, mostra a Síntese de
Indicadores Sociais 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17).
 
No total, 50,9% dos adolescentes nessa faixa etária estavam no ensino médio em 2009. Em 1999, eram 32,7% e em 2004 eram 44,2%. Entre as
regiões do país, o estudo mostra que no Nordeste apenas 39,2% dos jovens dessa faixa etária estavam no nível médio em 2009. No Sudeste,
eram 60,5%, no Sul, 57,4%, no Centro-Oeste, 54,7% e no Norte, 39,1%.
 
Na comparação entre rendimento familiar per capita, entre os 20% mais pobres do país, somente 32% dos adolescentes de 15 a 17 anos estavam
no ensino médio contra 78% entre os 20% mais ricos do país em 2009.
 
A baixa escolarização adequada dos adolescentes decorre de atrasos no ensino fundamental, de acordo com o estudo. “É fato constatado que a
maioria das crianças brasileiras ingressa neste ciclo (ensino fundamental) sem antes ter cursado o pré-escolar, o que acarreta, no
início do processo, um atraso em média de dois anos”, afirma o texto da síntese.
 
O problema pode ser percebido com o reduzido progresso no número médio de anos de estudo concluídos das crianças de 10 a 14 anos de idade,
entre 1999 e 2009. Os anos de estudo das crianças de 10 anos passou de 2,2 para 2,3 no período. Aos 14 anos, a mudança foi de 5 para 5,8
anos.
 
Abandono
 
O Brasil mostra situação desfavorável na comparação com outros países da América Latina com relação às taxas de aprovação, reprovação e
abandono, segundo a síntese do IBGE. Enquanto Chile, Paraguai e Venezuela têm taxas de aprovação superiores a 90% no ensino
fundamental e médio, o Brasil tem taxas de 85,8% e 77% respectivamente. A Argentina tem 92,3% e 74,3% e o Uruguai tem 92% e
72,7% respectivamente.
 
As taxas de abandono do Brasil são 3,2% no ensino fundamental e 10% no ensino médio. No Chile, Paraguai e Venezuela, esses índices ficam
abaixo de 3%. A Argentina tem 1,3% e 7% e o Uruguai tem 0,3% e 6,8% respectivamente.
 
Com relação à reprovação, o Brasil tem taxa de 11% no ensino fundamental e 13,1% no ensino médio. No Chile, Paraguai e Venezuela,
os índices ficam abaixo de 8%. Na Argentina, são 6,4% e 18,8% e no Uruguai são 7,7% e 20,4% respectivamente.
 
Fonte: G1 

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